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Fórum de RPG baseado na animação de Avatar: A lenda de Aang e Avatar: A lenda de Korra.


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por Alana Valentin Qua Jun 01, 2016 2:31 pm

Alana Valentin

Alana Valentin
Nome: Alana Valentin
Idade: 12
Aparência: Loira, olhos azuis. 1,60 de altura, magra.


Características Psicológicas: Normalmente agitada, mas sentimental. 
Humor: Alegre na maioria das vezes. 
Três Qualidades: Animada, amigável, gentil.
Três Defeitos: Emotiva, dependente, sonhadora.


História


- Princesa!! - Gritava Godofredo. Eu me escondia atrás de uma pedra de gelo gigante, com um sorriso no rosto enquanto ele me procurava.
 
Ele era meu servo desde que me entendo por gente, mas sempre o considerei mais do que isso. Um amigo, afinal, ele cresceu junto de mim. O casaco para frio, fazia eu me camuflar entre a imensidão do gelo. Minha família sempre foi a realeza na tribo do Gelo, e a Cidade de Gelo sempre foi minha casa. Nunca lidei com política, papai e mamãe sempre fizeram isso muito bem. Mas como princesa, eu tenho que aparecer constantemente, como uma imagem importante.
 
E por isso, no pouco tempo que tive livre para mim, fora dos estudos e das pessoas para cumprimentar e ser educada, eu me divertia. Era uma brincadeira de pique-esconde, onde Godofredo não sabia que estava brincando, e ele ficava desesperado tentando me achar. Era meio cruel, mas ele já estava acostumado a brincar disso.
 
- Princesa!! Seu pai lhe chama, por favor, apareça!! - Ergui a mão até uma poça de água, fazendo uma pequena bolha se erguer e ser disparada na cara de Godofredo. Ele fez uma careta com o cabelo e rosto molhado, mas afastou a palma da mão do seu corpo, e de repente a água saiu, deixando-o completamente seco novamente, porém, com o cabelo completamente desajeitado. - Princesa, por favor, venha comigo!
 
Godofredo era um jovem como eu, porém alguns anos mais velho e mais sério. Quando ele tinha cerca de 5 anos, foi designado a passar a vida me servindo. Sempre busquei tratar ele muito bem, apesar de vez em quando dar uma fugida como agora e fazer ele ficar correndo atrás de mim. Era para me divertir, e sempre que algo passava a prejudica-lo, eu deixava de fazer.
 
 
Corri quando ele me chamou e escapei rindo pelas ruelas das paredes de gelo. A cidade do Gelo era em minha opinião, a coisa mais bela de todo o mundo. Uma construção perfeita, que expressava os poderes dos nossos antepassados de uma forma absurdamente impressionante. Era o legado de todos os dominadores de água do passado. E por isso que eu me sentia livre correndo entre suas ruas.
 
Fui virar uma esquina, e minha risada se interrompeu quando bati de cara no corpo de Godofredo. Ele me segurou gentilmente pelo ombro enquanto eu me recompunha  do impacto, e me deu uma bronca das boas. Mas me levou até meu pai.
 
O palácio de gelo era como um cristal puro e azul. Mas com o tempo eu aprendi que não era tão belo quanto já foi um dia. As coisas mudam e envelhecem. E mesmo assim, poucas vezes eles conseguem superar aquilo que fora construído tempos atrás. Meu pai estava em seu quarto. Cercado pelo gelo, ele começou a conversar comigo.
 
- Filha...  - Ele se virou para mim, com o rosto sério. Godofredo estava atrás de mim. - Eu preciso te contar uma coisa.
 
Ele me convidou para sentar, e eu fiquei preparada para fazer uma piadinha. Não. Algo me fez sentir que não era hora para piadas. Eu tinha que ficar séria, como nas atividades políticas. Por isso, fechei o rosto, deixando apenas a expressão tênue de curiosidade. Meu servo fechou as portas, e pensei ouvir um suspiro melancólico e triste  por trás das barbas grisalhas do meu pai.
 
- Alana. Você sabe que nossa tribo, é afastada dos continentes principais. Diferente das tribos elementares, somos reclusos, ao norte do próprio norte. - Concordei com a cabeça, era uma história que eu já estava cansada de saber, mas não parecia o momento certo para criticar meu pai. - Ultimamente, aquelas tribos têm enfrentado alguns problemas. Junto com os outros grupos de dobradores. Um grupo chamado “Nova-República” tem sido mencionado muito nas reuniões políticas, como você mesma já ouviu.
 
Ele começou a explicar o contexto que o mundo estava com as tribos passando por problemas devido aos frequentes ataques daqueles inimigos. E ele me explicou como nossa tribo se meteu nisso, e os problemas que estávamos passando. A escassez de suprimentos, a necessidade de apoiar a tribo da água do norte. E ‘daquelas’ criaturas, que tornam a surgir na nossa vila. Meu pai não gosta de falar muito delas, mas algo sobre espíritos malignos que conseguiram entrar em corpos sem vida. Criaturas que beiram a vida e a morte, o mundo espiritual e o real. Abominações, que só buscam destruição. Mais do que nunca, a tribo do gelo precisa do suporte da tribo do norte. E eles também precisam do nosso apoio.
 
- Filha... Eles tem os próprios problemas para cuidarem. E eles não dependem mais de nós, do que dependemos deles. Ou seja, se eles pararem de nos apoiarem, sucumbiremos. Mas... Há um garoto, da sua idade, também filho da família real na tribo do norte. - Senti um arrepio, sabia onde meu pai queria chegar. De repente minha animação se desmanchou. - Eu já falei com o pai dele. Você partirá, hoje à tarde, e morará lá como futura noiva do príncipe.
 
Meu pai se levantou, e saiu do quarto. Havia claramente tristeza em seus olhos. Ele não queria isso, assim como eu, mas se sentiu forçado a fazê-lo. Godofredo saiu com ele. E eu amaldiçoei esse dia com todas as minhas forças. Não gostava de ser forçada a fazer nada. Mas casar definitivamente não era algo que eu queria. Porém, fui ensinada a ser fria, como o gelo, em situações assim. O gelo do norte não derrete, é firme, rígido e resistente. O gelo não chora, e eu não chorei.
 
Mais tarde, Godofredo me trouxe as coisas que eu precisaria em uma mala já pronta. Nós descemos as estradas enquanto meu pai anunciava o casamento para o povo. E foi aí, que tudo começou. De longe, eu ouvia a voz de meu pai ecoando no salão real, eu estava indo para um barco. Olhei para trás uma última vez, meu maior erro. Acima do salão de gelo, no topo da geleira. Havia um homem. Ele socou o teto do salão, e o mesmo desmoronou.
 
Gritos. Estouros, sangue começou a escorrer pela geleira. Mais homens apareceram pelas cidades, batendo nas pessoas, matando. Mais gritos. Godofredo se desesperou. “Entre no barco” ele parecia apavorado ao dizer aquilo. Perguntei o que estava acontecendo, mas ele não sabia.
 
De repente, homens surgiram como vento atrás de nós. Eu estava em cima do barco. Godofredo não entrou, mas ele moveu as mãos manipulando a água, empurrando o barco para longe em questão de segundos. De longe, vi uma espada atravessando sua barriga, e gritei.
 
Chegava a ser irônico eu ir para o sul, rumo à um lugar chamado ilha do norte. Chegava ser irônico, eu vir da terra do gelo, mas estar chorando. E mais irônico era o príncipe aguardar um casamento de união de terras, sendo que eu vi a geleira da cidade do gelo se destruindo e afundando, junto com tudo que os antigos dobradores construíram.
 
A viagem durou horas, e eu tinha a impressão de que duraria mais um monte. Tinha certeza que ao chegar na tribo do norte, alguém já saberia do acontecido. Talvez soubessem mais do que eu. Mas eu tinha certeza, que nada de bom aconteceria a partir de agora.

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